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25.6.07

Elis Regina encatadora

Elis Regina - Chovendo Na Roseira Antonio Carlos Jobim

Olha
Está chovendo na roseira
Que só dá rosa mas não cheira
A frescura das gotas úmidas
Que é de Luiza, que é de Paulinho, que é de João
Que é de ninguém
Pétalas de rosas espalhadas pelo vento
Um amor tão puro carregou meu pensamento
Olha! Um tico-tico mora ao lado
E, passeando no molhado
Adivinhou a primavera
Olha
Que chuva boa, prazenteira
Que vem molhar minha roseira
Chuva boa, criadeira
Que molha a terra
Que enche o rio
Que lava o céu
Que traz o azul
Olha
O jasmineiro está florido
E o riachinho de água esperta se lança em vasto rio de
águas
calmas
Ah! Você é de ninguém
Ah! Você é de ninguém...

Restos de mim

Restos de mim

Restos de mim
Restos do que deixou em mim
Estão como as luzes da cidade
Em meio as ilhas de calor
Vejo um , vejo dois e procuro o outro
O outro que me fora arrancado como pétalas por uma menina que do bem me quer ao mal me quer se perdeu
O seu resto no meu resto sintetisa a solião encapada, encantada, frustada e jogada ao léu lamento
Sua voz ao fundo de mim
Minha dor em você
Isso une e separa
E quando ela a escuridão da qual um dia irá nos levar chegar ,ainda assim seremos um
Como os religiosos pregam e se enganam
Restos de tí
Meus restos somos o resto de tudo o que restou
Lis

Rascunhos encontrados

Nestes versos se exprime o principio fundamental de toda a técnica da natureza.Nele reconhecemos , mais uma vez, a sabedoria de Goethe: Se nos olhos não houvesse qualquer coisa de Sol, Nunca eles poderiam vê-los